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Histórico bloco ‘Fala Meu Louro’ ressurge das cinzas
Publicado em 12 de janeiro de 2013
Por Vania Cunha
Rio – Reduto de bambas como Sinhô e Pixinguinha, conterrâneos de Noel Rosa, e berço de um dos mais antigos grupos carnavalescos do Rio, o Morro do Pinto, na Zona Portuária, vai voltar a botar seu bloco na rua. Depois de 24 anos fora dos desfiles e esquecido pela nova geração de sambistas, o histórico ‘Fala Meu Louro’ ressurge das cinzas em estilo triunfal: comemora seu Jubileu de Brilhante (75 anos) com o retorno ao circuito carioca.
O resgate do Louro vai muito além de acrescentar um bloco à lista dos mais de 500 a circular pelas ruas da cidade. A história do grupo se confunde com a própria cultura e o nascimento do Carnaval. Criado em 1938, o bloco nasceu em rodas de samba promovidas pelos músicos e por integrantes do time Atília Futebol Clube. Foi ali que o compositor Sinhô criou uma das primeiras marchinhas, em 1919, com o nome que deu origem ao bloco. Em seus tempos de glória, os desfiles e sambas compostos para o Louro marcaram a história da folia carioca.
Ano passado, um grupo de apaixonados pela cultura do bloco resolveu recuperar este pedaço da memória do Rio que estava abandonado. Desde então, o clima é de pura euforia no bairro Santo Cristo à espera do desfile, no dia 26. Veteranos e novatos ensaiam exaustivamente para fazer bonito durante a apresentação nas ruas da Gamboa.
“É emocionante como moradora ver o Meu Louro voltar ao Carnaval. Ele fez parte da minha vida. Nosso bairro tem história e precisa de cultura. Está maravilhoso!”, empolga-se a aposentada Suely Azevedo, 60 anos.
A quadra da agremiação, que estava praticamente desativada, agora abre suas portas todos os finais de semana para ensaios e rodas de samba, que arrecadam o dinheiro necessário para os preparativos. O pré-aquecimento para o desfile será no dia 20, na quadra do Louro (Rua Waldemar Dutra, no Santo Cristo), onde haverá festa pelo aniversário do bloco.
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