Publicado em 03 de fevereiro de 2011
Cinquenta desfiles pela Unidos de Vila Isabel. Com essa marca, Elizabeth Aquino, de 58 anos, conhecida no meio do samba por Dona Beta, pretende entrar na Marquês de Sapucaí este carnaval.
Nas memórias de foliona, a passista guarda com carinho sua primeira vez. Ainda menina, fantasiada de vestido de cetim, brincos de argola e chapéu de palha, Betinha, acompanhada do pai e dos quatro irmãos, se encantou pelo mundo dos bambas em um ensaio.
Vizinha de umas das antigas quadras da Vila, na Rua Torres Homem, ela conta que, na adolescência, brigava pela agremiação.
— Pulava o muro de casa para ir aos ensaios e, em uma das escapulidas, fui descoberta pela minha mãe. Tive que brigar até meu pai me acompanhar — diz.
A luta seguinte ocorreu quando amigos disseram que ela não sabia dançar. O comentário não abalou Beta.
Com seu 1,5m de altura, ela provou às mulatas que tinha samba no pé e conquistou a posição de passista.
E se os pandeiros falassem, diriam que Dona Beta se apaixonou muitas vezes na Vila. Namoradeira confessa, seu coração foi fisgado por Barbinha, locutor da agremiação por 25 anos.
Paralelamente aos ensaios, enredos e amores, Beta ajudava na promoção de eventos da escola. Mas com a boa caligrafia que tinha, recebeu, em 1987, o convite de Djalma Cachimbo, na época diretor administrativo da Vila, para trabalhar como secretária da agremiação.
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